segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A História do Morro Dona Marta

Os moradores se referem à favela como Santa Marta por causa da imagem da santa homônima guardada até hoje numa capela na parte mais alta do morro. A imagem teria sido levada para lá por uma antiga moradora ainda no início do século 20. Ela costumava rezar na localidade conhecida atualmente como Campinho do Pico. Com a chegada do Padre Veloso, nos anos 30, foi construída ali uma pequena igreja para abrigar a imagem e também servir como local de descanso.

A confusão com o nome começou quando a mídia passou a se referir à favela como Dona Marta nos anos 80, por causa do mirante homônimo que existe no alto do morro. Somente os moradores que pertencem à religião evangélica – e portanto não acreditam em santos – chamam a comunidade de Dona Marta. Por causa do crescimento do movimento evangélico nos últimos anos, a forma como a favela é chamada representa hoje uma disputa de poder relevante dentro da comunidade.

A origem do nome Dona Marta é antiga. Por volta de 1680, um padre chamado Clemente comprou as terras do atual bairro de Botafogo batizando um dos morros que circundavam suas terras em homenagem à sua mãe, Marta, que morreu anos antes perto dos cem anos. Daí o nome Dona Marta. Foi também o padre Clemente que ordenou a abertura de uma via ligando a enseada de Botafogo até sua capela, na atual Rua Viúva Lacerda, no Humaitá, posteriormente batizada como Rua São Clemente, hoje uma das mais importantes do bairro.

Fernanda 

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